quinta-feira, 4 de setembro de 2014

A IMPORTÂNCIA DE SE TRABALHAR COM A LUDICIDADE EM EDUCAÇÃO INFANTIL

RESUMO
As crianças exploram o imaginário como um elemento intrínseco a sua vida, as brincadeiras, os jogos povoam este espaço enriquecendo suas vivências com os outros e o mundo que as circunda. As brincadeiras e jogos infantis têm as suas características e evolução, vão desenvolvendo-se de acordo com a fase do da criança e as suas vivências com o meio. Este trabalho tem o objetivo construir um estudo bibliográfico sobre a temática buscando suporte teórico metodológico para proporcionar aos educadores de Educação Infantil uma proposta de ação pautada nos valores éticos, morais afetivos através das brincadeiras e jogos infantis. Os resultados concretizam-se a partir da construção de uma proposta holística do brincar, fundamentando este momento como meio de expressão e associação com o mundo no qual nos inserimos. Saber os níveis de desenvolvimento das crianças bem como, os tipos de brincadeiras e jogos torna o trabalho pedagógico valioso a professores e alunos, tendo a visão do todo como primordial. 

domingo, 3 de agosto de 2014

Importância da Integração família escola, suas dificuldades e seus encontros, diálogo necessário para a construção do sujeito e o futuro do contexto escolar.

RESUMO
O presente estudo vem abordar a integração entre escola e família devido sua importância
para a educação e o desenvolvimento humano. Serão apresentadas algumas reflexões sobre o
envolvimento da família com a escola e algumas dificuldades implícitas nesta relação, seu
impacto sobre a aprendizagem e desenvolvimento do aluno. Finalizado com a necessidade de
uma integração efetiva e duradoura entre escola e a família, respeitando as peculiaridades de
cada instituição e revalidando os benefícios desta parceria.
Palavra-chave: Escola. Família. Integração.
Autora: Prof. Me. Glaciene Januário Hottis Lyra

Clique aqui e baixe o arquivo na Revista Científica Semana Acadêmica

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Birras e Mordidas

Como sabemos, as formas de relacionamento nos primeiros anos de vida podem marcar decisivamente nossas futuras relações com o mundo.
A capacidade do adulto de lutar por seus objetivos, por exemplo, está muito ligada à maneira como a criança, a partir de um ano, luta por suas coisas.
Esse despertar da combatividade na criança pode criar situações incômodas. Porque, nessa fase, LUTAR É MORDER. E morder dói, deixa marcas. E os pais ficam muito encucados com isso.
Se o filho morde: “Meu Deus, será que ele não vai ser violento”.
Se é mordido: “Então ele vai passar a vida deixando que os outros batam nele?”
É sobre isso que vamos falar. E começar lembrando que uma das primeiras formas de relação de uma criança com a outra é a disputa por um objeto qualquer. E essa disputa é sempre em função do objeto que ela quer ter, e não propriamente contra a outra criança.
É um momento muito importante para ambas. É a primeira manifestação de combatividade, o uso de uma força interna para conseguir algo por conta própria.
Uma violência basicamente positiva, embora o método, nesta fase, não seja dos mais elegantes: A MORDIDA.
Por que a criança morde? Simplesmente porque sua força ainda é oral.
Neste contexto, a mordida é primordialmente uma força de combatividade e não agressão ao outro. A prova é que a criança morde em qualquer lugar: no braço, no ombro, nas costas.
Agora, vamos supor que a criança esteja disputando alguma coisa (um chaveiro, caneta) com um adulto. Ela logo percebe que o adulto é forte, e que sua força interna no momento é menor que a dele.
A BOCA não é nada contra aquele gigante. Então o que ela faz? FAZ BIRRA. Grita, se deita no chão, bate o pé... É a única forma que ela encontra de manifestar sua força interna, sua capacidade de lutar por um objetivo. A birra é a mordida psicológica e o inimigo é fisicamente mais forte.
Os pais em geral não estão preparados para viver estes momentos.
Nem para a birra nem para a mordida. Na birra o componente social influi muito.
Com a mordida é a mesma coisa. Chegar em casa mordido já complica.
A marca está ali, dolorosa, feia. A reação dos pais. “Mas como, nosso filho, tão pequeno, já é um saco de pancadas?”

EDUCAR PARA INDEPENDENCIA
Especialmente quando vivida numa escola, a liberdade de disputar as coisas (mesmo com risco de mordidas) é fundamental para a criança aprender a lutar por seus pequenos objetivos.
Mas o importante, é a postura interna que neste momento está formando: diante do obstáculo, a criança enfrenta com os meios de que dispõe, ou, reprimida, volta atrás.
O IMPORTANTE É QUE O ADULTO PERMITA O EXERCICIO DA COMBATIVIDADE
Na escola é mais fácil. As crianças estão todas na mesma faixa etária e as professoras(es) preparadas para enfrentar com tranquilidade as disputas entre elas (é o que se espera). Com os pais parece que é mais complicado. Chega no parquinho, mal o filho vai disputar um brinquedo com outra criança, a mãe corre ansiosamente em cima: “empresta o balanço para ele, que logo ele devolve.”
Pronto, o problema foi resolvido, só que do ponto de vista do adulto, do ponto de vista social.
Para a criança, não tem isso de emprestar um pouquinho que depois ele devolve: ela quer o brinquedo naquele momento. A pronta e ansiosa intervenção do adulto condiciona a criança a depender dos outros para conseguir o que quer.

DISPUTAR É UM DIREITO DELE. Hoje perder, amanhã ganhar, avaliar, sua força tudo isso é um grande aprendizado. A disputa é uma fase natural do desenvolvimento e, quanto menos o adulto gera ansiedade em cima dela, mais rapidamente ela passa.
Se o pai fica muito ansioso, passa para a criança que a postura de brigar pelas coisas não é uma atitude. A criança começa a se retrair, a não enfrentar nada sozinha. E depois tende a ser aquele tipo de adulto que, SEM PAI, SEM MÃE E ANALISTA, TEM DIFICULDADE PARA TOMAR DECISÕES.

Enfim, é preciso ter a oportunidade de exercitar essa maturação nos primeiros anos de vida. A combatividade, a luta pelos seus próprios desejos são traços ricos e fecundos de uma personalidade madura. 

Glaciene Januário Hottis Lyra
Professora da UEMG – Universidade do Estado de Minas Gerais. Coordenadora de Extensão NUPEX – UEMG. Coordenadora Pedagogica da Escola Officina do Saber – Carangola/MG.

Psicopedagogia Clínica: um pouco de história

  Que as abelhas trabalham arduamente para produzir o mel de cada dia, todos sabemos. É claro que existe toda uma ordem de comando no seio de cada colméia. Mesmo com as abelhas existem as dificuldades de aprendizagem de seu labor. Às vezes trava, e o belo é que as mesmas se agregam num grande grupo para resolver seus obstáculos. Assim acontece com nós adultos, as vezes nos perdemos no meio do caminho, e sem a devida ajuda não encontramos a porta que nos levará ao caminho das conquistas para nossa vida. A Psicopedagogia teve seu início na Europa em 1946, por J. Boutonier e George Manco, com direção médica e pedagógica. Estes centros uniam conhecimentos da área da Psicologia, Psicanálise e Pedagogia, onde tentavam adaptar crianças com comportamentos socialmente inadequados na escola ou no lar e atender crianças com dificuldades de aprendizagem. Esta corrente européia influenciou significativamente a Argentina. Conforme Alicia Fernandez (apud BOSSA, 2000, p.41) a Psicopedagogia surgiu na Argentina há mais de 30 anos e foi em Buenos Aires, sua capital, a oferecer o primeiro curso de Psicopedagogia na América do Sul.
  A Psicopedagogia chega ao Brasil na década de 70, cujas dificuldades de aprendizagem nesta época eram associadas a uma disfunção neurológica, servindo muitas vezes para camuflar problemas sóciopedagógicos. Recebemos no Brasil muita influência de Teóricos Psicopedagógicos Argentinons, tendo Jorge Visca como um dos maiores contribuintes da difusão Psicopedagogica no Brasil. Foi o criador da Epistemologia Convergente, linha utilizada por nós que trás a integração de 3 linhas da Psicologia, Escola de Genebra – Psicogenética de Picget-Jean Piaget, Escola Psiconálitica de Sigmund Freud; e a linha de Psicologia Social de Enrique Pichan Riviére.
     Existem em nosso país há mais de 15 anos a Associação Brasileira de Psicopedagogia (Abpp) que dá norte a esta profissão. Ela é responsável por cadastros de profissionais, eventos e publicações de termos de Psicopedagogia. Hoje Carangola-MG, na estrutura da Escola Officina do Saber, cria seu Centro de Psicopedagogia para conduzir seus alunos no tocante as dificuldades de aprendizagem. Dificuldades estas que tanto vem interferindo de forma negativa no curso da aprendizagem de nossos alunos. Mas com visão e trabalho, com certeza mudaremos para melhor a vida de muitos alunos, ser aprendentes e não o contrario.

Pp. Glaciene Januário Hottis Lyra
Abpp – Brasil
12651